Inacreditavelmente loucos
Somos muitos e tão poucos
Sobre os mantos que nos cobrem
Muito temos para crer
E que nossas vozes sobrem
Pelos ecos de viver
Entre bocas e bocas mais um grito
Sobre os homens presentes tantos mitos
No vento que sopra e resiste
Tanto temos a andar
E a nossa história existe
Nas miragens de lembrar
Inevitavelmente algum pranto
Vai nascer em cada canto
Entre lágrimas que fogem
Temos tanto para crer
E que nossos olhos chorem
Pela dor de poder ver
Entre dedos e dedos mais um antro
Entre tolos e fracos somos tantos
Nos minutos dos tempos que partem
Os sonâmbulos sonhos de ser
E que nossas sombras fiquem
Nas imagens de viver...
Lilian Sarabando
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Creio
Creio
No vento que passa rente a mim
Carregando os ruídos
Lambendo as alcovas dos mendigos
Acariciando os espaços
Seu começo e fim
Creio
Nas bocas que passam
E transbordam suas vozes
Nos homens que procuram velozes
Seus próprios rastros
Neste mundo em que sem arrastam
Ao meu desconhecido
Creio que busco-lhe um sentido
Vagamente vou-me
Através da noite negro lume
Procurar onde jaz em mim
A terra e o céu
Que a vida tem imensos véus
Segredos na boca da noite
Homens que espreitam
Pequenos sussurros
Ao grito do açoite
Creio
Nas pontes que ligam os caminhos
Que o silencio é meu leque
Que a vida é uma faca no peito
E as visões são fantasmas perfeitos
Creio simplesmente
Porque o homem precisa crer
Nas coisas que existem
Em sua mente
Creio que Deus tece o vento
Que o tempo se arrefece em suas mãos
Nos seus braços
A sombra do universo dorme quieta
Em sendo seu principio e seu inverso
Vasto, vasto
Que somos apenas um rastro
A caminho das estrelas
Creio no pranto
Perdão
Solidão
Creio que o sonho
É uma arma mortal
Contra o ódio e o tédio
Creio em nós
Porque viver ocasionalmente dói tanto
Por isso quero crer
Crer que há vida
Por detrás das cortinas
E que um dia entre as pedras
Brotarão flores purpurina
Por isso quero crer
Porque o rio continuará a correr
Insensível aos dias
Ou à nossa agonia
E na passagem das horas
Corre o mundo lá fora
Passa a vida por nós...
Porque somos somente o agora
E o momento é sempre
Lilian Sarabando
No vento que passa rente a mim
Carregando os ruídos
Lambendo as alcovas dos mendigos
Acariciando os espaços
Seu começo e fim
Creio
Nas bocas que passam
E transbordam suas vozes
Nos homens que procuram velozes
Seus próprios rastros
Neste mundo em que sem arrastam
Ao meu desconhecido
Creio que busco-lhe um sentido
Vagamente vou-me
Através da noite negro lume
Procurar onde jaz em mim
A terra e o céu
Que a vida tem imensos véus
Segredos na boca da noite
Homens que espreitam
Pequenos sussurros
Ao grito do açoite
Creio
Nas pontes que ligam os caminhos
Que o silencio é meu leque
Que a vida é uma faca no peito
E as visões são fantasmas perfeitos
Creio simplesmente
Porque o homem precisa crer
Nas coisas que existem
Em sua mente
Creio que Deus tece o vento
Que o tempo se arrefece em suas mãos
Nos seus braços
A sombra do universo dorme quieta
Em sendo seu principio e seu inverso
Vasto, vasto
Que somos apenas um rastro
A caminho das estrelas
Creio no pranto
Perdão
Solidão
Creio que o sonho
É uma arma mortal
Contra o ódio e o tédio
Creio em nós
Porque viver ocasionalmente dói tanto
Por isso quero crer
Crer que há vida
Por detrás das cortinas
E que um dia entre as pedras
Brotarão flores purpurina
Por isso quero crer
Porque o rio continuará a correr
Insensível aos dias
Ou à nossa agonia
E na passagem das horas
Corre o mundo lá fora
Passa a vida por nós...
Porque somos somente o agora
E o momento é sempre
Lilian Sarabando
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